O Chamado...
(...) Sem nenhum motivo, e sem saber por que, ele pega o telefone e liga para sua própria casa. Ele sabe que não há ninguém na casa e, portanto, ninguém poderá atender ao telefone.
Ele ouve o sinal de chamada uma... duas... três vezes... o fone é retirado do gancho.. uma respiração... o suor escorre pela sua testa...
Temeroso, ele arrisca um “alô”! Do outro lado da linha, alguém responde “alô... eu estava esperando você ligar.”
Ele, lentamente, coloca o fone no gancho e fica olhando para o aparelho. Aquela voz... ela lhe traz amargas recordações de um tempo que ele não sabe se existiu ou ele imaginou...
Ele continua olhando para o aparelho e, lentamente, vai se afastando... um passo... dois... súbito, algo explode ao seu redor e ele olha em volta sem entender que barulho é aquele que fica insistindo em seus ouvidos.
Aos poucos, ele se acalma e descobre que o barulho nada mais é do que a campainha do telefone, que continua tocando insistentemente.
Ele atende... sabe que não deveria ter feito isto, mas é inevitável.
- Alô?
- Alô! Por que você desligou?
Ele simplesmente larga o telefone e sai apressado. Desce as escadas... começa a atravessar a rua... o barulho... a freada... o baque... o mundo girando ao seu redor alucinadamente.
Finalmente, parou.
Ele ouve, ao longe, o som das pessoas gritando e se aproximando. Mas estão tão longe...
Muito mais perto, um som conhecido chama sua atenção. Com um último esforço, vira o rosto para o lado e observa seu celular caído, fora do seu alcance. Ele continua a tocar insistentemente...
Aos poucos, o som vai ficando mais distante. E, finalmente, o silêncio!
No último segundo, antes do silêncio, ele ainda pode ouvir o som do seu celular...
Depois, o silêncio.
Ele ouve o sinal de chamada uma... duas... três vezes... o fone é retirado do gancho.. uma respiração... o suor escorre pela sua testa...
Temeroso, ele arrisca um “alô”! Do outro lado da linha, alguém responde “alô... eu estava esperando você ligar.”
Ele, lentamente, coloca o fone no gancho e fica olhando para o aparelho. Aquela voz... ela lhe traz amargas recordações de um tempo que ele não sabe se existiu ou ele imaginou...
Ele continua olhando para o aparelho e, lentamente, vai se afastando... um passo... dois... súbito, algo explode ao seu redor e ele olha em volta sem entender que barulho é aquele que fica insistindo em seus ouvidos.
Aos poucos, ele se acalma e descobre que o barulho nada mais é do que a campainha do telefone, que continua tocando insistentemente.
Ele atende... sabe que não deveria ter feito isto, mas é inevitável.
- Alô?
- Alô! Por que você desligou?
Ele simplesmente larga o telefone e sai apressado. Desce as escadas... começa a atravessar a rua... o barulho... a freada... o baque... o mundo girando ao seu redor alucinadamente.
Finalmente, parou.
Ele ouve, ao longe, o som das pessoas gritando e se aproximando. Mas estão tão longe...
Muito mais perto, um som conhecido chama sua atenção. Com um último esforço, vira o rosto para o lado e observa seu celular caído, fora do seu alcance. Ele continua a tocar insistentemente...
Aos poucos, o som vai ficando mais distante. E, finalmente, o silêncio!
No último segundo, antes do silêncio, ele ainda pode ouvir o som do seu celular...
Depois, o silêncio.
1 Comments:
lindo... magnifico....
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